Descrição:
Produto da inventividade e criatividade do povo brasileiro e que, ao longo dos quatro últimos séculos, marcou de forma indelével sua presença na língua, na música, na literatura, na culinária, na medicina, na religião, nas festas populares e no folclore. É parte indissociável do que se convencionou chamar brasilidade e, na política, esteve sempre identificada com os movimentos de emancipação e afirmação da nacionalidade: foi a bebida dos Inconfidentes, dos que lutaram pela Independência, dos Modernistas e, praticamente, de todas as manifestações patrióticas.
Cantada em prosa e verso por escritores, músicos e poetas, a cachaça fincou raízes no imaginário popular. É quase impossível falar do Brasil, seja o do sertão ou da cidade, seja o da colônia ou da modernidade, seja o do interior ou do litoral, seja o das periferias ou dos luxuosos condomínios fechados, sem se referir à secular bebida brasileira no decorrer da construção do país.
Com sua versatilidade, a cachaça é companheira de muitos lugares, de boas conversas e comidas, fonte de inspiração, remédio para muitos males. Restaura forças, ameniza tristezas, enfim, é a bebida que reflete a alma do povo brasileiro. Está presente desde o período colonial e é elemento constitutivo de nossa nacionalidade.
A relação de Minas Gerais com a cachaça vem desde o século XVIII. É sobre essa base histórica, econômica e social que repousa a liderança mineira na cachaça de alambique. Produto voltado para o mercado interno, baseado em pequenas unidades produtivas, em sua maioria de características familiares, dinâmica e resistente.
A relação entre a cachaça de alambique e o turismo torna-se, a cada dia, mais evidente. "Cachaça é cultura engarrafada" e, como parte da vida brasileira, é mola mestra de ações capazes de identificar um município ou região, atrair visitantes, estimular setores afins e se fortalece ligada à indústria que mais cresce no mundo, a indústria do turismo.